O Júri narra a história do julgamento
do caso de uma viúva cujo marido morreu de câncer de pulmão causado pelo
consumo de cigarro. O que era para ser mais um julgamento no estado do
Mississipi-EUA, tornou-se um desafio impensado para o juiz da causa,
principalmente porque Nicholas Easter, o protagonista da história, está
infiltrado no corpo de jurados com o fito de moldar aquele júri conforme seus
interesses.
O tema é interessantíssimo, pois
traz à baila os malefícios causados pela nicotina, as investidas da indústria tabagista
para manter-se a todo custo no mercado e a corrupção de um júri que pode pender
tanto para o lado da autoria quanto para o da defesa.
O Júri é ação do início ao fim, recheado
de perseguições, sujeiras e chantagens, o que mantém o leitor cativo da
primeira a última página.
Este livro, além de entretenimento,
oferece também um pouco de informação quanto ao sistema jurídico
norte-americano, que sem dúvida é completamente diferente do brasileiro,
sobretudo quanto à temática abordada por Grisham, onde um julgamento gira em
torno do cabimento ou não de indenização para uma viúva, ou seja, uma ação
judicial de cunho meramente cível, coisa que no Brasil não seria possível através
do tribunal do júri, já que aqui é previsto apenas para decidir casos de crimes
contra a vida, em outras palavras, é somente aplicável na seara criminal.
De autoria do John Grisham, um
dos autores mais fantásticos que já li, com extrema habilidade em mesclar suas
tramas com uma boa dose de fatos jurídicos, O Júri é um Best Seller, tendo sido
inclusive adaptado para os cinemas, assim como outros livros deste incrível autor,
como A Firma, Tempo de Matar e o Dossiê Pelicano.
0 comentários:
Postar um comentário